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Foto do escritorJosé Estevão Cocco

Televisão precisa de profissionais


Um grande exemplo da falta de profissionais no mundo do marketing esportivo e entretenimento é a televisão esportiva.

Com a grande demanda das transmissões esportivas, principalmente nos canais por assinatura e payperview percebe-se um percentual enorme de narradores, comentaristas, diretores de tv e vários outros profissionais que deixam muito a desejar nas suas performances.

É um grande problema que as emissoras de tv encontram e de difícil solução. Não existem profissionais com formação de qualidade para o entretenimento. O que vemos são narradores sem a mínima noção do que é entretenimento. Sem qualquer preparo técnico e profissional e, na ânsia de "emocionar" seus telespectadores, berram, gritam sem a mínima necessidade. Utilizam a técnica do narrador de rádio, que precisam descrever as atividades de forma que seus ouvintes entendam o que está acontecendo, uma vez que não estão vendo as cenas. É irritante assistir uma transmissão de tv com o narrador descrevendo a imagem que estamos vendo. "fulano tirou a bola de cabeça", "cicrano errou o passe", "beltrano chutou para o gol e o goleiro defendeu". O telespectador está vendo tudo isso.

Enquanto isso, pecam com as informações realmente necessárias, como identificação do jogador, substituições entre outras.

Alguns, apenas alguns, narradores são brilhantes. Fazem a narração, trocando idéias e opiniões com os telespectadores, deixando as jogadas correrem. Informando o que tem que ser informado. Sabendo o que os seus clientes - telespectadores - querem, desejam e preferem.

E quando colocam narradores de futebol, em outras modalidades esportivas. É uma lástima.

Meu eterno amigo, Luciano do Valle, foi o mestre dos mestres. Foi o único narrador a trazer para as residências o clima reinante nos ginásios, nas pistas e nos estádios. Vibrante, sem gritar. Sem ficar dizendo que tal jogador chutou com o pé direito, ou tirou a bola de cabeça, ou que a cobrança de falta bateu na berreira. Ele conhecia os seus telespectadores. Sabia como encantá-los, como informá-los. Como um companheiro que estava assistindo o mesmo jogo.

Assim como na televisão, o mercado de sportainment - o esporte como espetáculo - está muito carente de verdadeiros profissionais e de escolas formadoras. Sim, escolas, porque, apesar de poder se espelhar nos profissionais de sucesso, a maioria dos narradores na têm a mínima consciência do que sua profissão significa e o que devem fazer para ter sucesso.


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